Otite
A otite é um agravamento de um quadro de virose. O catarro do resfriado
que se acomoda em canais auditivos pode causar a inflamação do ouvido.
Isso acontece porque as secreções constituem um ambiente perfeito para
bactérias oportunistas, praticamente uma incubadora. Choro intenso,
inapetência, perda da fome e irritabilidade são alguns dos sinais do
problema. Em geral, há febre inferior a 39 °C, mas não necessariamente.
O que fazer?
É uma doença que costuma surgir três ou quatro dias depois de um
resfriado. O diagnóstico deve ser feito pelo médico com um otoscópio –
aparelho próprio para isso. O método de apertar o ouvidinho para ver se a
criança chora não é confiável. Diante da confirmação da doença, além de
seguir a prescrição do pediatra, os pais podem esquentar a região com
um lenço aquecido e promover a higienização nasal, a inalação e a sucção
do catarro com uma bombinha manual. Manter o pequeno hidratado também é
importante.
Cólica
A imaturidade do sistema digestivo do bebê é responsável pelo mais
famoso drama na vida de pais de recém-nascidos: as cólicas. Trata-se de
uma manifestação orgânica. O intestino reage a proteínas estranhas,
presentes no leite materno. Marcadores bioquímicos identificam essas
substâncias. O resultado são desconfortos e dores abdominais, seguidos
de choros repentinos e agudos.
O que fazer?
Não há muito o que fazer, além de esperar a maturação do tubo digestivo
da criança. A partir do terceiro ou quarto mês, a criança passará a
reconhecer as proteínas do leite materno e deixará de ter cólicas com
frequência. Até lá, os pais podem usar bolsas de água quente, massagens e
flexão de pernas para amenizar o incômodo, mas essas são medidas
paliativas. O banho e a posição fetal também acalmam o bebê. Há médicos
que prescrevem analgésicos e outros que toleram a popular funchicória
(remédio fitoterápico), embora não a indiquem. Nesse caso, o que vale é a
palavra de seu pediatra de confiança.
Sono intranquilo
Até os 3 meses de vida, é recomendável que a criança durma próxima à
mãe por comodidade e segurança. Após esse período, no entanto, o bebê
deve ir para o quarto dele e deixar aos poucos a mamada da madrugada. E é
justamente nessa fase que começam os problemas relacionados ao sono. A
criança chora muito e torna a noite dos pais um tormento. Muitas mães
voltam a trabalhar nesse período, o que agrava ainda mais a situação.
O que fazer?
O sono intranquilo não costuma ser um problema de saúde, e sim de
comportamento. Afinal, a criança está acostumada a acordar à noite para
mamar. Por isso, é preciso calma para tirar o peito da madrugada. Faça
isso aos poucos. Começar a criar novos hábitos, com horários mais
rígidos, é outra medida importante. Além disso, resista à tentação de
atender ao choro do bebê de imediato. Evite também fazer barulho,
acender a luz e pegá-lo no colo: isso vai despertá-lo de vez! Deixe-o
resmungar um pouco. É comum o pequeno acordar, chorar e voltar a dormir.
Se ele não aprender a dormir nessa idade, poderá levar o hábito para o
resto da infância.